Fronteira da Vida
Encontrei-me a prop�sito do "apetecer" num dilema comum. Costumo dizer que todos n�s somos diferentes mas uns s�o mais que outros. Concordam? Se n�o, n�o. Eu sim.
Quantas vezes somos confrontados com a nossa vontade inserida no meio? Quantas vezes apelamos ao "bom senso" para nos sentirmos integrados e renunciamos ao nosso querer, poder, ser...deixamos de ser n�s pr�prios, de lutarmos por n�s, de sermos quem somos..Reconhecemo-nos num caminho rodeado de limites impostos e renegamos �s mais fortes ambival�ncias....
N�o estou a referir-me aos efeitos da sociedade, dos comportamentos programados por ela, ou se estou, de todo n�o pretendo faz�-lo com precis�o. Explica��es gerais j� as li em demasia.
Consciencializamos consequ�ncias, rela��es causa-efeito, pensamos em demasia, vivemos de menos. Ou vivemos encetando uma capa disforme. Quantas vezes damos com o nosso incongruente caminho desviado pelo repressor "exterior"? N�o sucumbimos �s nossas necessidades, aos devaneios porque, antes de mais, receamos o estereotipo, a cr�tica...o ir mais al�m est� condenado. O apenas ir n�o tem lugar. Existe um abismo enorme entre o que somos e o que mostramos ser. O geral aplica-se e o particular nasce da diferen�a.
�s vezes somente nos apetece. Apetece qualquer coisa. Por exemplo criei um flog porque quis escrever o que quisesse, sem ser nos meus m�ltiplos cadernos com a minha letra horr�vel e pouco esfor�ada...mas antes de tudo apeteceu-me. Sem qualquer explica��o. Porque tudo tem que ter um significado? N�o tem. Somos livres mas vivemos condenados na nossa liberdade. E no fim o que da� adv�m? nada.
Damos import�ncia a coisas que n�o t�m a m�nima, preocupamo-nos com algo que s� nos desgasta e n�o nos traz nada de novo por�m continuamos muitas vezes a cair no mesmo erro. Quantas vezes damos por n�s mergulhados na nossa soturna melancolia e com a perspectiva cont�nua de abnega��o do que desejamos? A quest�o est� em saber discernir a ordem das import�ncias. Separar o real do irreal qu
Fujo da eterna via primitiva mas n�o consigo resistir a mim mesma. Parei por segundos no limiar de uma v� promessa e sei que j� custou mais. N�o h� certezas nem consequ�ncias apenas acto
ando podemos cair no caminho mais injusto. E acreditar. � poss�vel.