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Fronteira da Vida

Todos n�s chegamos a um ponto de encontro e despedida nas nossas vidas. E alcan�amos uma etapa de viragem em que muito se trocou e muito se modificou. A mudan�a faz parte do percurso e est� impl�cita uma tentativa de mais e melhor. De prosperidade, verdade, sucesso, estabilidade, felicidade...
Passamos tempos infindos a desejar sempre o m�ximo de n�s pr�prios, a acreditar que de tudo somos capazes e que tudo depende de n�s e n�o h� para c� hist�rias de destinos...somos quem o constru�mos. O moldamos. O suportamos. O surpreendemos. O limitamos. Logo cabe-nos a n�s pegar na pontinha que descai e segur�rmos fortemente e com convic��o, de forma a tudo mudar, a se ultrapassarem todos os limites atingindo as metas pretendidas.
Nada est� c� por acaso. N�s n�o estamos c� por acaso. Temos que agarrar o que temos com toda a nossa for�a tentando aliar a intui��o com a coragem de seguir em frente no caminho escolhido sem que num futuro pr�ximo se profira:" de que vale o arrependimento quando n�o h� outra alternativa?"..temos todas as alternativas ao nosso dispor. Agora. Neste momento. Qualquer momento em n�s � v�lido. N�o deixemos de tentar, de inovar, de querer, de poder, de fazer, de desejar, de ambicionar, de esperar....N�o deixemos morrer em n�s a luta. Temos o poder de dispensar os nossos sonhos. Porque temos ao nosso dispor a nossa realidade, a nossa vida. N�o deixemos que a vida nos fuja.
Mas ela n�o � "linear". "linear" aos nossos "olhos", � nossa mente...mais uma vez, compete-nos a n�s saber encar�-la. Pois tamb�m faz parte dela o turbilh�o de partidas e chegadas. De vai e vem. Qualquer nova via tomada � uma despedida do que fomos e fizemos e um encontro do que queremos e vamos ser. Uma partida do passado e uma chegada do futuro.
Todos n�s j� passamos por estes momentos. Ali�s estamos sempre, todos os dias a passar. Mas n�o reflectimos nisso. Deixamos a revolta e a frustra��o tomar conta muitas vezes.



 
N�o consigo objectivar o que sinto. �-me imposs�vel alcan�ar um desfecho de algo que n�o tem fim. De todo sei-o. N�o me perguntem porqu�. Somente sei. Por�m pressinto um n�vel m�rbido de tortura obscena e pouco plaus�vel. Nada est� completo. Assemelha-se a qualquer v�o de escada meio tortuoso e infiel que nada pode assegurar a n�o ser a incerteza do que se consegue apreender.



 



 




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