Tudo parecia t�o simples,
no derradeiro alcan�ar,
fugia-me por entre os dedos a oportunidade de ser apenas.
Como sempre quis. De tentar,
de me deixar conduzir pelas ruas da harmonia.
De estabilizar. Apesar de um dia a dia est�pido
j� coberto pelo bolor que me circundava.
Apesar de pequenos desvios,
contudo facilmente ultrapass�veis.
Ali, onde tudo convergia secretamente,
onde o sentimento de empatia,
de amizade falavam mais alto,
onde o n�vel e o reconhecimento ganhavam lugar,
onde simplesmente essa simplicidade residiam,
ali, era o meu lugar.
Aquele que um dia movida por sonhos, reneguei,
aquele que fui impelida a considerar como fr�gil
e efemero aquele que podia ter sido meu desde o in�cio.
Aquele que me furtaram, aquele que ignorei.
Ser� que ele permanecia escondido atr�s de uma porta semi-cerrada ?
Ou totalmente cerrada ?
Ser� que mesmo com esta nova for�a eu n�o poderia arromb�-la,
reduzindo a p� todo o resqu�cio ingl�rio ?
Talvez. Penso que nunca saberei essa resposta.
Ou talvez sim. Sei por�m, que at� ali, tudo fora errado,
e que aquele mundo para mim arquitectado,
encerrou em si cada desn�vel de uma paz mais que merecida.
De uma vida. De uma experi�ncia.
E que este sonho inicialmente acabava por se repetir
intrinsecamente, ligados sempre a momentos do passado.