O tempo � um rio sem nascentes,
corre incessantemente para a eternidade
mas em inesperados trechos do seu curso
o nosso barco se afasta, e vai,
para algum lugar
feito de antigas �guas passadas
e s� Deus ent�o
sabe o que vai nos acontecer.
Talvez sejamos como n�ufragos,
num oceano sem fim
tentando chegar �s margens dos verdadeiros sentimentos...
Talvez sejamos como uma ostra
em uma concha fechada
e n�o nos resta nem o consolo
de estar produzindo uma p�rola rara...
Entre o sonho e a realidade
entre a vida e a morte,
cai a sombra.
Entre esta sombra e a claridade
eu vivia
sem, aparentemente
ter outra ambi��o
do que a de manter a paz
e a solid�o.