Apenas te amo
Te amo...
N�o com a impetuosidade das tempestades,
Ou a avassaladora devasta��o da juventude...
Te amo com a calma de um crep�sculo,
Com a suavidade de uma brisa,
Com a calma do deslizar do regato...
Te amo...
N�o como um vulc�o que se esvai em sua pr�pria for�a,
N�o como o embate de corpos ardentes,
Mas como a comunh�o de almas silenciosas,
Como o carinho de um silencio,
Com a placidez de um olhar pousado no horizonte...
Te amo...
N�o como o ar que preciso para viver,
N�o como necessidade da pressa de tua presen�a...
Te amo como esperan�a da ausencia consentida,
Como o espelho do lago � espera de brincar com a brisa,
Como o olhar sereno que j� n�o cobra, apenas se confessa...
Te amo...
N�o com agonia da posse,
N�o com a condi��o de suprimir teus sonhos,
Mas com alegria de te ver sonhando,
Como o sossego de um prado verdejante,
Como a quietude de uma ora��o...
Te amo...
N�o com a f�ria de imaginados ci�mes...
N�o com a urgencia de te possuir a alma,
Mas com o regozijo que flui da serenidade,
Com a placidez do esp�rito apaziguado,
Com a alegria de caminhar contigo at� o fim da eternidade...
J. B. Xavier