Partidas...

Abra�o o meu poeta com ternura,

No umbral do sono manso que me tange,

Vejo seu corpo em outra vida, e abrange,

N�doas dessa tristeza que tortura.


Tento voltar, n�o tenho essa ventura...

Eu pe�o � vida que mais tempo arranje

se nega e ao menos se constrange,

Diz que ele est� nos bra�os da candura.


Como num filme eu vejo ele partir...

sem poder no enredo eu intervir,

Aceito o triller triste desse fado...


Aguarde-me, poeta, do outro lado...

Enquanto espero, jogo nesse mar,
A tua aus�ncia que est� a me a�oitar.