Não me conclua
Não foi sentada. Olhando a estrada
Que vi passar a vida...
Foi vivendo, batalhando, correndo atrás
Nada cai do céu, só chuva...
Em muitas, me molhei, ao longo do caminho
Encharcada fiquei, até o tempo, secar-me
Não foram só flores, que vi...quando caminhava
Muitos, foram os labirintos, onde nada enxergava
Por isso não admito, suposições, no meu caminhar
Ande como andei, busque, o que busquei
Vai, caminhe, ache teu lugar.
Depois de viver, o que vivi,
Secar, todos os prantos, que verti
Saciar a fome, do corpo e da alma,
Sozinha... Emergir
Só assim, aceito conversar...De igual para igual
Antes disso, te espero aqui, " sentada,"
Porque eu, já cheguei...
E você, nem começou, a trilar tua estrada.
Atos, são precisos
Só tem sentido. Tornam-se verdadeiros
Quando são acompanhados, de atitudes
Fora disso, nada a afinar-se
Não é sentada a janela, vendo a vida passar...
Que sentimos, o toques, os baques da vida,
É vivendo que podemos, argumentar.
São palavras, que nada concluem
Folhas soltas ao vento, volitando sem destino.
O vagar, no relento infinito.
[__Ana Ramos__]
CHÃO DE ESTRELAS.