E, automaticamente, começo a cantar junto.
Percebo que sei cada palavra, sem esforço, sem pensar.
Então me dou conta: cantar aquelas palavras para mim mesmo, anos atrás, fez com que meu cérebro as armazenasse,
as lembrasse,
as sentisse
a qualquer momento.
Porque ele internalizou aquelas palavras sem que eu percebesse, e agora trazê-las à tona exige zero esforço.
Isso me faz pensar sobre a força do nosso cérebro.
E mais do que isso, me faz refletir sobre a maneira como falamos conosco.
Imagine se, além de letras de músicas, tivéssemos aprendido a internalizar palavras que nos dissessem que éramos
lindos,
suficientes,
dignos,
quando éramos mais jovens.
Hoje, essas palavras – esses pensamentos e sentimentos – estariam sempre prontos, ecoando dentro de nós, e quem sabe… talvez até tivéssemos aprendido a acreditar nelas.
Acreditar que somos, sim,
lindos,
suficientes,
dignos.
Mas ainda há tempo.
Aprendemos novas músicas o tempo todo.
Talvez seja hora de começarmos a cantar uma nova melodia.
Uma que nos lembre, sem dúvida, de quão incrÃveis e dignos nós verdadeiramente somos.
Becky Hemsley, 2023
Obra impressionante de Eric Bowman
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