Quantas histórias carrego em meu peito,
Paredes que ouviram sorrisos e prantos.
Fui lar, fui porto, fui o leito,
Agora assisto meus próprios espantos.
Quantas alegrias já dançaram em meu chão,
Pés ligeiros, festas, risos no ar.
Agora, silêncio e desolação,
A poeira me cobre, sem ninguém para limpar.
Quantas tristezas gravadas nas tábuas,
Ecoam fantasmas de tempos passados.
Chuva nas telhas, vento nas fábulas,
Sou ruÃna de sonhos, momentos quebrados.