Afinidade
N�o � o mais brilhante,
mas � o mais s�til,
delicado e
penetrante dos sentimentos.
N�o importa o tempo, a aus�ncia,
os
adiantamentos, a dist�ncia, as impossibilidades.
Quando h� AFINIDADE,
qualquer reencontro retoma a rela��o,
o di�logo, a conversa,
o afeto,
no exato ponto
de onde foi interrompido.
AFINIDADE � n�o haver
tempo mediante a vida.
� a
vit�ria do adivinhado sobre o real,
do subjetivo sobre o objetivo,
do
permanente sobre o passageiro,
do b�sico sobre o superficial.
Ter
AFINIDADE � muito raro,
mas quando ela existe,
n�o precisa de
c�digos
verbais para se manifestar.
Ela existia antes do
conhecimento,
irradia durante e permanece depois que as
pessoas deixam de
estar juntas.
AFINIDADE � ficar longe,
pensando parecido
a
respeito dos mesmos fatos que
impressionam, comovem,
sensibilizam.
AFINIDADE � receber o que vem
de dentro com uma
aceita��o
anterior ao entendimento.
AFINIDADE � sentir com...
Nem sentir contra, sem
sentir para...
Sentir com e n�o ter necessidade de
explica��o do que est�
sentindo.
� olhar e perceber.
AFINIDADE � um sentimento singular,
discreto e
independente.
Pode existir a quil�metros de dist�ncia,
mas � adivinhado na
maneira de falar,
de escrever,
de andar,
de
respirar.....
AFINIDADE � retomar a rela��o
no tempo em que
parou.
Porque ele (tempo) e
ela (separa��o) nunca existiram.
Foi apenas
a oportunidade dada (tirada)
pelo tempo para que a matura��o
pudesse
ocorrer e que cada
pessoa pudesse ser cada vez mais.