MANH� DE SOL
Manh� de sol sombria e sem mist�rio
semeia em v�o sementes de alegria
pinta de azul-celeste a pedra fria
desenha o rosto do palha�o s�rio
que ri para dentro fingindo euforia,
que chora rindo e dissemina o t�dio,
mistura ess�ncias e inventa o rem�dio
que borbulhante nasce da alquimia
de bem dosar o mel e o amargor,
a paci�ncia, a calma, o medo e a dor,
o vento forte, o raio e a calmaria,
e faz brotar de dentro da tristeza
o fruto amargo e denso da beleza,
a flor morena e doce da agonia.
*Clizete Marques Monteiro de Ara�jo*
→.●๋♫ ک�l ♫●.←