DILEMAS
Nos tempos de outrora, a liberdade era o melhor presente
e em lembran�as de alegria, hoje, a saudade pulsa latente...
Noites enluaradas, cirandas, estrelas e violas
e nos raios do luar qualquer tristeza ia embora.
Branca era a paz, cant�vamos no mesmo compasso
e nos acordes da can��o solfej�vamos nosso destino
envolv�amos o mundo com nossos pequenos bra�os
e vo�vamos nos nossos sonhos quais colibris bailarinos
Agora reiterados dilemas, o medo... chora a viola!
Se eu saio sou ave ferida, se fico sou p�ssaro na gaiola.
Em cada lampejo de liberdade, a l�mina fria amea�a
e entre os dedos do p�nico, a vida condenada passa.
Os sonhos desintegrados, pl�mbeos, em densa fuma�a
e eu suprindo o isolamento busco na internet amigos
ancoro no mundo virtual minha solit�ria barca�a,
resguardo-me dos achaques eminentes, mas abra�o outros perigos...
Dilemas... quantos s�o os dilemas que a vida moderna tr�s!
Se eu saio sou ave abatida, se fico sou p�lido lil�s!
Como viver feliz ref�m de sangrenta viol�ncia,
presa entre quatro paredes,
prestando aos anjos do mal total obedi�ncia?
Emudece a poesia nesta gaiola de a�o,
sufocada entre tantos dilemas
e afoga-se em l�grimas, nestas linhas molhadas que tra�o!
Carmen Vervloet
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