LIVRE
Meu cora��o, hoje, ilha infecunda
Onde j� n�o brota nenhum sentimento
Vaga, sozinho, nas noites moribundas
Isento de l�stimas, desgostos e tormentos
Deleita-se em passar mudo pela vida
Com os ouvidos surdos para o seu grito
Ignorando desamor ou gestos de acolhida
Ou maus da noite e seus caminhos esquisitos.
Na sua ilha inf�rtil morreu qualquer anseio
E ao seu redor s� �guas frias e ba�as de solid�o
N�s que o seguram sobre cordas bambas de oscila��o
J� n�o o imantam as cantorias e os enleios
Nem aqueles males que te prop�es dispersar
Soltou-se da rede, nas �guas rasas, deste teu mar.
Carmen Vervloet
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