SEM DESPEDIDAS
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Nos momentos de nostalgia, quando a noite chora a partida do dia,
fatais s�o minhas mem�rias.
Ele vagou em meu peito deixando pegadas em desalinho...
Sinais confusos de uma chegada inesperada, da partida desinformada.
Abrigo-me na saudade dos l�bios que me traziam v�vida alegria
nos momentos de desassossego em que me perdia.
Desfazia os n�s das minhas dores nas voltas daquele abra�o, e se esvaia todo
cansa�o,
quando em seu peito adormecia.
Hoje, se o procuro n�o sei onde, se o chamo j� n�o me ouve .
Mas, ainda lembro de ver na rudeza de seus tra�os, um aceno desavisado.
No �nfimo momento em que o sol mira o olhar da lua,
Onde volto a ser um pouco mais minha do que ainda sou tua,
sinto o calor da vida invadir as frestas da minha alma.
S� ent�o, penso haver um sussurro vindo do peito,
e tenho a impress�o de ouvir meu cora��o meio sem jeito,
falar-me de esperan�a e me pedir calma.
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Gil Fa�anha
→.●๋♫ ک�l ♫●.←
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