Rastros do que fui
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Vagante entre tantos mundos onde me perdi e me encontrei,
Procurei-me ao relento onde o amor me deixou.
Inc�gnita, desfilei nas avenidas do imprevis�vel, como ser indistinto,
Sorrateira, mendigando a mais intensa alegria que meu cerne j� provou.
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�bria de incertezas, segui com o peito partido, e sem dire��o.
Entreguei-me a dor de ser v�tima de uma fera,
Acreditei em meias verdades, deslumbrei-me ante a vaidade,
N�o notei que alguns encantos eram a mais pura quimera.
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Mas extra� de desejos guardados,
A seiva da pr�pria alma, doces gotas de esperan�a.
Abdiquei do desengano, olhei a luz pela janela,
Senti a vida renascer feito crian�a.
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N�o retrocedi. N�o poderia. Segui por outras veredas,
Parti em busca daquela felicidade que sempre esteve em minhas m�os.
Reinventando-me a cada senda, hoje sigo como um ser sozinho...
Em constante muta��o, vou deixando rastros do que fui pelo caminho.
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Gil Fa�anha
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