
De barro fiz meu poema,
humilde e castanha criatura,
� minha imagem e semelhan�a.
Mas em seus ouvidos, sussurraram
maliciosos os Anjos
com suas vozes de Eternidade,
e por tr�s de suas p�lpebras cerradas
teceram m�gicas imagens de Sonho.
Tolo poema!
Anseia agora por asas, que N�o lhe posso dar!
(Lenise Marques)
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