Ocaso
O Sol que se despeja no horizonte
Vai contando de um amor incont�vel:
Quer deslize por detr�s dalgum monte,
Ou apenas se furte ao observ�vel,
Quer de nuvens ornado em eleg�ncia,
Ou aterrisse em v�o solo, imponente,
� o arauto do amor que n�o se cansa,
Que se doa do nascente ao poente,
Que se esvai at� o �ltimo lampejo,
Que produz arte mesmo em despedida,
E que se oculta enquanto a sombra cresce...
(Mas n�o morre s� porque n�o o vejo!
Ele atravessa a escurid�o da vida:
Quando a noite passa, ele ainda aquece...)
(Esdon Pecka)

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