N�o tenho descanso. Tenho sede de infinito.
Minha alma desfalecente aspira aos remotos desconhecidos.
Grande al�m! Ah! o canto dolorido da tua flauta chamando!
Esque�o, esque�o sempre que n�o tenho asas para voar,
que vivo eternamente preso � terra. A minha alma arde
e o meu sono foge. Sou um estrangeiro num pa�s estranho.
Tu murmuras ao meu ouvido uma esperan�a imposs�vel.
O meu cora��o conhece a tua voz, como se fosse a sua
pr�pria voz. Grande desconhecido! Ah o canto dolorido
da tua flauta chamando! Esque�o, esque�o sempre que
n�o tenho o corcel alado. N�o consigo encontrar o sossego,
sou um estrangeiro em meu pr�prio cora��o. Nas brumas
batidas de sol das horas l�nguidas, que imensa vis�o de ti
me aparece contra o azul do c�u! Grande irreconhec�vel!
Ah! o canto dolorido da tua flauta chamando!
Esque�o, esque�o sempre que na casa em que habito sozinho,
todas as grades est�o fechadas.

tagore

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