Aus�ncia
Eu deixarei que morra em mim o desejo
de amar os teus olhos que s�o doces
Porque nada te poderei dar sen�o a m�goa
de me veres eternamente exausto
No entanto a tua presen�a � qualquer coisa
como a luz e a vida
N�o te quero ter porque
em meu ser est� tudo terminado.
Quero s� que surjas em mim
como a f� nos desesperados.
Eu ficarei s� como os veleiros nos portos silenciosos
Mas eu te possuirei mais que ningu�m porque poderei partir
E todas as lamenta��es do mar, do vento, do c�u, das aves, das estrelas
Ser�o a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.
(Vinicius de Moraes)
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