C�ntico
N�o, tu n�o �s um sonho, �s a exist�ncia
Tens carne, tens fadiga e tens pudor
No calmo peito teu. Tu �s a estrela
Sem nome, �s a namorada, �s a cantiga
Do amor, �s luz, �s l�rio, namorada!
Tu �s todo o esplendor, o �ltimo claustro
Da elegia sem fim, anjo! mendiga
Do triste verso meu.
Tu
Primeira, �ltima, tr�gica, esquecida
De mim!
Oh, deixa-me brincar, que te amo tanto
Que se n�o brinco, choro, e desse pranto
Desse pranto sem dor, que � o �nico amigo
Das horas m�s em que n�o est�s comigo.
-Vinicius de Moraes-
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