S�CULO XXI
Nas primeiras rugas do meu rosto risonho,
Sinto o rolar de uima l�grima passageira
E o gozo febril por uma ventura ligeira
De rasgar a placenta de um s�culo bisonho.
Purificador de alma, semeador de desgra�a.
N�o! N�o creio ser um infeliz cartomante
Oculto na sombria alcova da bela amante,
Descobrindo o futuro nos golhes de cacha�a.
Fui poeta em busca de uma gota de verdade;
Vejo estrias de sangue no cuspo que escarro,
(Lembran�a amarga do meu �ltimo cigarro).
Lavei meus pecados na pia da eternidade;
Fui fidalgo em meus devaneios costumeiros;
Fui mendigo em meus instantes derradeiros.
* Filemon Krause *
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