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Havia um homem que possu�a muitos p�ssaros.

Como vivia s�, esses animais eram como filhos. Gostava de todos, mas, havia um, que lhe era especial.

Se tratava de um velho can�rio belga, que ganhara do pai.

O pequenino p�ssaro, fora o primeiro de sua cole��o e durante longo tempo, sua �nica companhia. Mas um dia , sem motivo, o passarinho, apareceu doente.

De olhar melanc�lico nunca mais cantara, queria novamente a sua liberdade.

Perceber e aceitar esse desejo eram coisas que n�o entravam na cabe�a do seu dono.

A atitude do companheiro parecia ingratid�o: Sempre lhe tratara bem.

Nunca lhe deixara faltar alimento e amor.

No entanto, agora essa! " N�o vou solt�-lo" ! Concluiu.

Algum tempo passou, e o animal foi definhando cada vez mais.

Sua morte parecia iminente.

N�o tendo outra escolha o velho homem deixou a gaiola aberta.

O can�rio com dificuldade andou at� a portinhola, permaneceu algum tempo hesitante entre ficar e partir, mas, acabou decidindo pela segunda op��o.

Aquele foi um longo dia; solit�rio e triste... Na manh� seguinte, o bom homem acordou com um canto id�ntico ao do p�ssaro que partira.

Abrindo apressadamente a janela deparou-se com o amigo que cantava como nunca havia cantado.

Essas visitas se repetiram ainda durante v�rios anos.

Com as pessoas acontece da mesma forma. Amor n�o combina com algemas e pris�es.

Quem ama deixa sempre �s portas abertas � espera que o amor verdadeiro possa se manifestar.

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*.*��) beijinhos
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(�.o� (�.o` ***Sol