A Borboleta Encantada

Veio voando, suavemente...
Pousou na minha m�o
na minha vida, esvoa�ante
nada querendo,
apenas sorver o mel
das flores.
Afinal , era s� uma borboletinha
que mais poderia querer?
Veio de outras plagas,
voando por c�us azuis, rosas, mesclados.
Estava cansadinha
de tanto voar...
Um dia, avistou um jardim secreto
entrou, pousou nos camar�es,
nas rosas, nos hibiscos.
Que festa!
Quem moraria nessa casa
onde havia tantas flores, e tanto mel
para aliment�-la
Pensou: " Poderei ficar aqui"?
N�o serei enxotada,
como em tantas outras?
Poderei sorver todo esse nectar
que preciso para viver ?
E n�o pensou mais.
Simplesmente ficou
e se tranformou
" mutatis mutante" no amor.
E com suas, �ltimas asas
se perpetuou numa outra borboleta
para ter companhia para n�o mais voar s�.
E, ela nasceu e ficaram duas a voar,
neste mesmo jardim, encantado que era.
E nunca mais se separaram
pois o Amor havia nascido
num simples v�o que ela ousou dar!

Eda Carneiro da Rocha

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SOL
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