Trancar o dedo numa porta d�i.
Bater com o queixo no ch�o d�i.
Torcer o tornozelo d�i. Um tapa, um soco, um pontap�, doem.
D�i bater a cabe�a na quina da mesa, d�i morder a l�ngua, d�i c�lica, c�rie e pedra no rim.
Mas o que mais d�i � a saudade.
Saudade de um irm�o que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da inf�ncia.
Saudade do gosto de uma fruta que n�o se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imagin�rio que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo n�o perdoa.
Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida � a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presen�a, e at� da aus�ncia consentida.
Voc� podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem,
mas sabiam-se l�.
Voc� podia ir para o dentista e ela para a faculdade,
mas sabiam-se onde.
Voc� podia ficar o dia sem v�-la, ela o dia sem v�-lo,
mas sabiam-se amanh�.
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S O L
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