Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ningu�m sabe como deter.
Saudade � basicamente n�o saber.
N�o saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
N�o saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
N�o saber se ela ainda usa aquela saia.
N�o saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
N�o saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre culpada,
Se ele tem assistido �s aulas de ingl�s,
se aprendeu a entrar na internet e encontrar a p�gina do Di�rio Oficial,
se ela aprendeu a estacionar entre dois carros,
se ele continua preferindo Malzebier,
se ela continua preferindo suco,
se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados,
se ela continua dan�ando daquele jeitinho enlouquecedor,
se ele continua cantando t�o bem,
se ela continua detestando MC Donald�s,
se ele continua amando,
se ela continua a chorar at� nas com�dias.
Saudade � n�o saber mesmo!
N�o saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos,
n�o saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento,
n�o saber como frear as l�grimas diante de uma m�sica,
n�o saber como vencer a dor de um sil�ncio que nada preenche.
Saudade � n�o querer saber se ela est� com outro,
e ao mesmo tempo querer.
� n�o saber se ele est� feliz, e ao mesmo tempo perguntar
a todos os amigos por isso...
� n�o querer saber se ele est� mais magro, se ela est� mais bela.
Saudade � nunca mais querer saber de quem se ama,
e ainda assim doer.
Saudade � isso que senti enquanto estive escrevendo e o que voc�, provavelmente, est� sentindo agora depois que acabou de ler...
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S O L
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