Coment�rio ao Evangelho;
- RECONHECER-SE PERDOADO.
A par�bola evang�lica visava desmascarar a intransig�ncia de certos l�deres da comunidade crist� primitiva, por demais severos, quando se tratava de perdoar as faltas alheias. Qui��, o contraponto desta atitude fosse uma condescend�ncia com os pr�prios pecados, para os quais fechavam os olhos.
Tais l�deres s�o comparados com o servo desalmado que, ap�s ter sido perdoado de uma d�vida incalcul�vel, mostra-se sem compaix�o para com o companheiro que lhe devia uma quantia insignificante. A quantia exagerada que o primeiro servo devia - dez mil talentos - sublinha que, por maior que fosse o perd�o concedido aos membros faltosos, sempre seria inferior ao perd�o que Deus concedia � lideran�a da comunidade. Em �ltima an�lise, o perd�o concedido deveria corresponder a um gesto de reconhecimento pelo perd�o recebido de Deus.
O senhor da par�bola foi inclemente com o servo incapaz de ser misericordioso, uma vez que tinha sido, por primeiro, objeto de miseric�rdia. A li��o � evidente. Quem n�o perdoa, n�o ser� perdoado. Quem n�o corresponde � miseric�rdia de Deus, sendo misericordioso com seu pr�ximo, receber� o castigo divino. Quem n�o demonstra para com o pr�ximo a mesma paci�ncia que recebeu de Deus, ser� v�tima da c�lera divina. Portanto, quem se sabe infinitamente perdoado, tem a obriga��o de estar sempre disposto a perdoar.
Ora��o
Esp�rito que ensina a perdoar, disp�e-me a conceder o perd�o a quem me ofende, consciente de que o Pai tamb�m est� sempre pronto a me perdoar.
(O coment�rio do Evangelho � feito pelo Pe. Jaldemir Vit�rio � Jesu�ta, Doutor em Exegese B�blica, Professor da FAJE).
TODOS PRECISAM SABER e, voc� precisa falar!