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CANCRO NO CEREBRO II
SINTOMAS DE ALERTA
Os sintomas de um tumor cerebral dependem do seu tamanho, do seu crescimento, do seu tipo e da sua localiza��o. Os tumores em certas partes do c�rebro podem alcan�ar um tamanho consider�vel antes de os sintomas se manifestarem; pelo contr�rio, noutras partes do c�rebro, mesmo um tumor pequeno pode ter efeitos devastadores. Os sintomas podem surgir quando o tumor comprime um nervo ou danifica determinada �rea do enc�falo ou tamb�m quando o enc�falo incha ou o l�quido dentro do cr�nio aumenta ou tamb�m, quando o tecido cerebral � destru�do ou quando a press�o no c�rebro aumenta; tais circunst�ncias podem ocorrer quer o tumor cerebral seja benigno, quer seja maligno. No entanto, quando o tumor cerebral � uma met�stase proveniente de um cancro distante, o doente pode tamb�m ter sintomas relacionados com esse cancro. Por exemplo, o cancro do pulm�o pode causar tosse com muco sanguinolento ou o cancro da mama pode produzir um n�dulo na mama.
Os sintomas mais frequentes dos tumores cerebrais s�o os seguintes:
� Dores de cabe�a (geralmente mais fortes de manh�);
� N�useas ou v�mitos;
� Febres intermitentes;
� Altera��es na fala, vis�o ou audi��o;
� Dificuldade em manter o equil�brio ou andar;
� Altera��es de humor, personalidade ou capacidade de concentra��o;
� Problemas de mem�ria e incapacidade de pensar;
� Espasmos ou tremores musculares (ataques epil�pticos, convuls�es);
� Enfraquecimento, paralisia ou formigueiro nos bra�os ou pernas;
� Sonol�ncia.
A dor de cabe�a � normalmente o primeiro sintoma do tumor cerebral, embora a maioria das dores de cabe�a se deva a causas diferentes. Uma dor de cabe�a devida a um tumor cerebral reaparece geralmente com frequ�ncia ou � permanente; � muitas vezes intensa; pode aparecer em pessoas que nunca sofreram dores de cabe�a; acontece de noite e j� est� presente ao acordar.
Estes sintomas n�o constituem sinais �bvios da exist�ncia de tumor cerebral, uma vez que podem dever-se a outras situa��es. As pessoas que apresentarem estes sintomas devem consultar o seu m�dico o mais rapidamente poss�vel. Estes problemas s� podem ser diagnosticados e tratados por um m�dico.


FORMAS DE DIAGN�STICO
As pessoas que apresentem sintomas indicativos de tumor cerebral, poder�o ter de realizar um ou mais dos seguintes procedimentos:
� Exame f�sico � O m�dico verifica os sinais gerais de sa�de.
� Exame neurol�gico � O m�dico verifica a agilidade, for�a muscular, coordena��o, reflexos e resposta � dor. O m�dico tamb�m examina os olhos para identificar edemas que possam ser provocados pela compress�o do tumor no nervo �ptico, que liga o olho ao enc�falo.
� TAC � Atrav�s de um aparelho de raios X ligado a um computador, � poss�vel obter v�rias imagens da cabe�a. Poder� ser administrado material de contraste para se observar o enc�falo com maior nitidez. O material de contraste permite observar os �rg�os e os tecidos de tumores cerebrais.
� RM � Um �man gigante ligado a um computador permite obter imagens detalhadas do interior do corpo. Estas imagens s�o visualizadas num monitor e podem ser impressas. Por vezes, � injectado um contraste para ajudar a visualizar diferen�as nos tecidos cerebrais. As imagens podem evidenciar um tumor ou outro problema cerebral.
O m�dico poder� solicitar outros exames:
� Angiograma � Para este procedimento � injectado na corrente sangu�nea um contraste que permite observar os vasos sangu�neos cerebrais no raio X. Se existir um tumor poder� ser visualizado no raio X.
� Raio X craniano � Alguns tipos de tumores cerebrais causam dep�sitos de c�lcio no enc�falo ou altera��es nos ossos cranianos. Atrav�s de raio X, o m�dico pode observar estas altera��es.
� Pun��o lombar � Trata-se da colheita de uma amostra de l�quido cefalorraquidiano (l�quido que preenche os espa�os dentro e em redor do enc�falo e da espinal medula). Para a realiza��o deste procedimento � administrada anestesia local. O m�dico utiliza uma agulha fina e comprida para recolher l�quido da espinal medula, procedimento que demora cerca de 30 minutos. O doente deve permanecer deitado durante v�rias horas ap�s a pun��o, de modo a evitar dores de cabe�a. No laborat�rio, � verificada a exist�ncia de c�lulas cancer�genas no l�quido ou outros sinais de doen�a.
� Mielograma � Trata-se de um raio X da coluna vertebral. Efectua-se uma pun��o lombar para injectar um corante especial no l�quido cefalorraquidiano. O doente dever� estar inclinado para que a solu��o corante se misture com o l�quido. Este exame possibilita ao m�dico detectar um tumor na espinal medula.
� Bi�psia � � colheita de tecidos para se determinar a presen�a de c�lulas cancer�genas d�-se o nome de bi�psia. As c�lulas s�o observadas ao microsc�pio para detectar a exist�ncia de c�lulas an�malas. A bi�psia pode revelar a presen�a de cancro, altera��es nos tecidos pass�veis de provocar cancro, bem como outras situa��es. A bi�psia � o �nico m�todo seguro para diagnosticar um tumor cerebral.
Os cirurgi�es t�m ao seu dispor tr�s formas de colher tecidos:
� Bi�psia aspirativa � O cirurgi�o realiza uma pequena incis�o no couro cabeludo e efectua um pequeno orif�cio no cr�nio. Esta abertura � designada por orif�cio de trepana��o. O m�dico faz passar uma agulha atrav�s do orif�cio de trepana��o e recolhe uma amostra de tecido do tumor cerebral.
� Bi�psia estereot�xica � Um dispositivo de imagiologia, como a TAC ou a RM, guia a agulha atrav�s do orif�cio de trepana��o at� ao local do tumor. O cirurgi�o recolhe uma amostra de tecido com a agulha.
� Bi�psia em simult�neo com o tratamento � Por vezes, o cirurgi�o recolhe uma amostra de tecido enquanto o doente � submetido � cirurgia para remover o tumor.
Por vezes, n�o � poss�vel efectuar uma bi�psia. Se o tumor estiver localizado no tronco cerebral ou em determinadas �reas, o cirurgi�o poder� n�o conseguir remover tecido do tumor sem lesionar o tecido cerebral normal. Em alternativa, o m�dico recorre � RM, TAC ou a outros exames imagiol�gicos.


M�TODOS DE TRATAMENTO
Existem v�rias op��es de tratamento para os doentes com tumores. O tratamento depende de v�rios factores, designadamente o tipo de tumor, a localiza��o, o tamanho e o grau do tumor. Assim, os doentes podem ser submetidos a cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Em certos tipos de tumor cerebral, o m�dico tamb�m necessita de saber se foram identificadas c�lulas cancer�genas no l�quido cefalorraquidiano. Alguns doentes recebem um tratamento combinado. Os especialistas que tratam tumores cerebrais s�o os neurocirurgi�es, neuro-oncologistas, oncologistas e radioterapeutas.
Em qualquer est�dio de evolu��o da doen�a, os doentes podem receber tratamento para controlar a dor e outros sintomas, para atenuar os efeitos secund�rios do tratamento e para reduzir os problemas emocionais. Este tipo de tratamento � designado por controlo dos sintomas, cuidados de suporte ou cuidados paliativos.


Cirurgia
A cirurgia � um tratamento comum para a maior parte dos tumores cerebrais. A cirurgia para abrir o cr�nio � designada por craniotomia. Este procedimento � realizado mediante anestesia geral. Antes de iniciar a cirurgia, o couro cabeludo � rapado; o cirurgi�o efectua ent�o uma incis�o no couro cabeludo e utiliza um tipo especial de serra para remover um osso do cr�nio. Depois de remover parte ou a totalidade do tumor, o cirurgi�o cobre a abertura do cr�nio com o osso removido ou com uma pe�a met�lica ou de tecido. Por fim, o cirurgi�o fecha a incis�o do co


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