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CANCRO MOLE III
SECUND�RIOS POSS�VEIS
Tendo em conta que o tratamento pode danificar c�lulas e tecidos saud�veis, � poss�vel que ocorram efeitos secund�rios. Estes efeitos dependem de diversos factores, designadamente a localiza��o e o tipo de tumor, e a extens�o do tratamento. Os efeitos secund�rios n�o s�o semelhantes em todas as pessoas, podendo, inclusivamente, variar entre as diversas sess�es de tratamento. Antes de iniciar o tratamento, os m�dicos e enfermeiros explicar�o quais s�o os poss�veis efeitos secund�rios resultantes do tratamento e como lidar com eles.


Cirurgia
Nos primeiros dias ap�s a cirurgia, os doentes sentem habitualmente dores de cabe�a ou desconforto, que podem ser controlados com medica��o. Os doentes n�o devem ter receio de falar com o m�dico ou enfermeiro sobre as formas de aliviar a dor.
Tamb�m � normal que os doentes se sintam cansados ou d�beis. O tempo de recupera��o ap�s uma opera��o varia de doente para doente.
A quantidade de sangue ou de l�quido cefalorraquidiano pode aumentar no enc�falo. A este incha�o d�-se o nome de edema. A equipa m�dica monitoriza os doentes para detectar sinais destas complica��es. Podem ser administrados ester�ides ao doente para aliviar este incha�o. Pode ser necess�ria uma segunda cirurgia para drenar o l�quido. O cirurgi�o coloca um tubo fino e comprido (shunt) num ventr�culo cerebral. Este tubo � ligado, por baixo da pele, a outra zona, geralmente o abd�men. O l�quido em excesso � retirado do enc�falo e drenado para o interior do abd�men, ou eventualmente para o cora��o.
As infec��es s�o outra poss�vel complica��o que pode surgir ap�s a cirurgia. Se tal acontecer, o doente dever� ser tratado com um antibi�tico.
A cirurgia cerebral pode danificar o tecido cerebral normal, o que constitui um problema grave. O doente pode ter dificuldade em pensar, ver ou falar e, ainda, sofrer altera��es de personalidade ou ataques epil�pticos. A maioria destes problemas diminui ou desaparece com o tempo. No entanto, os danos cerebrais podem ser permanentes, o que leva o doente a recorrer a fisioterapia, terapia da fala ou terapia ocupacional.


Radioterapia
Depois do tratamento, alguns doentes t�m n�useas durante v�rias horas. A radioterapia pode, ainda, causar uma grande fadiga � medida que o tratamento decorre. � fundamental repousar, embora os m�dicos aconselhem os doentes a permanecer o mais activos poss�vel.
Na maioria dos casos, a radioterapia causa queda de cabelo, embora este volte a crescer ap�s alguns meses. A radioterapia pode tamb�m provocar altera��es cut�neas na regi�o tratada. O couro cabeludo e as orelhas podem ficar avermelhados, secos e sens�veis.
A radioterapia pode tamb�m originar um incha�o nos tecidos cerebrais. Os doentes podem ter dores de cabe�a ou uma sensa��o de press�o. A equipa m�dica dever� controlar estes sintomas com medica��o, de forma a reduzir o desconforto.
A radia��o pode destruir tecidos cerebrais saud�veis. A este efeito secund�rio d�-se o nome de necrose por radia��o. A necrose pode causar dores de cabe�a, ataques epil�pticos ou at� levar � morte do doente.
Nas crian�as, a radia��o pode danificar a gl�ndula pituit�ria, bem como outras �reas do enc�falo, da� resultando dificuldades de aprendizagem ou atraso no crescimento e desenvolvimento. A radia��o durante a inf�ncia aumenta o risco de desenvolvimento de futuros tumores secund�rios. Prossegue a investiga��o para determinar se, em vez da radioterapia, as crian�as com tumores cerebrais podem receber quimioterapia.
Os efeitos secund�rios podem ser mais graves se a quimioterapia e a radioterapia forem administradas simultaneamente.


Quimioterapia
Os efeitos secund�rios da quimioterapia dependem sobretudo dos f�rmacos utilizados. Os efeitos secund�rios mais frequentes s�o: febre e arrepios, n�useas e v�mitos, perda de apetite e fraqueza. Alguns efeitos secund�rios podem ser aliviados com medicamentos.
Os doentes que coloquem um implante (ou disco) com f�rmaco s�o monitorizados pela equipa m�dica para detectar quaisquer sinais de infec��o p�s-operat�ria. As infec��es podem ser tratadas com antibi�ticos.


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