� medida que os humanos se afastavam, aproximavam-se os animais, das cidades e das localidades desertas de gente, talvez curiosos pela aus�ncia humana, em vontades para explorar todo aquele mundo humano desconhecido. Na minha janela apareciam pombos com quem partilhei algumas migalhas de p�o. O h�bito foi-se instalando � todos os dias, quase �s mesmas horas, l� vinham eles e quando me demorava a satisfazer-lhe a gulodice, insinuavam-se atrav�s da vidra�a como dizendo �Ent�o?! Despacha-te, queremos comer!�. Ganhei novos amigos - um engra�ado bando encabe�ado por um pombo ladino que at� j� falava comigo! Falar n�o falava, pelo menos na l�ngua de gente, mas passei a compreend�-lo, por exemplo avisando-me da aproxima��o de uma gaivota que lambia o bico ao ver aqueles pombos gordinhos e bem alimentados. Os mi�dos, tamb�m, apreciavam a companhia di�ria daqueles seres voadores que j� se sentiam �-vontade no parapeito da nossa janela.
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