Caroline Celico, esposa de Kakï¿½, dï¿½ palestra sobre religiï¿½o no Morumbi

Parecia uma reuniï¿½o comum de senhoras bem-arrumadas e endinheiradas. Com suas bolsas Hermï¿½s e Chanel a tiracolo, elas papeavam sobre viagens, filhos e outras amenidades. Logo, o assunto principal da tarde da ï¿½ltima terï¿½a (22), no belo apartamento da psicï¿½loga Lucia Dallï¿½Stella, no Morumbi, se tornaria outro: religiï¿½o. Convidadas por Lucia e Rosangela Lyra, diretora da Christian Dior no Brasil, sessenta paulistanas da alta sociedade foram lï¿½ para ouvir as palavras de fï¿½ de Caroline Celico. Aos 22 anos, a jovem reï¿½ne diversos predicados: filha de Rosangela, mulher do craque Kakï¿½, mï¿½e de Luca, de 2 anos, pastora da igreja Renascer em Cristo e ï¿½ finalmente ï¿½ cantora estreante. Ela acaba de lanï¿½ar um CD e um DVD com doze canï¿½ï¿½es religiosas (em uma delas, faz dueto com o marido famoso). ï¿½Mas nï¿½o sou profissionalï¿½, avisa, com a mesma voz doce que comovera sua pequena plateia minutos antes.

Magrinha e com traï¿½os delicados, Carol trazia nas mï¿½os a ï¿½Bï¿½bliaï¿½ e uma cï¿½pia de seu DVD. Cumprimentou com beijinho todas as convidadas. ï¿½Fiz sua festa de 2 anosï¿½, lembrava uma. ï¿½Minha filha estudou com vocï¿½, dizia outra. Para quebrar o clima, a estrela da tarde contou que estava no Brasil havia mais ou menos um mï¿½s e que sentia falta de requeijï¿½o. Quando se casou com Kakï¿½, em 2005, mudou-se para Milï¿½o. Atualmente, mora em Madri. Vem a Sï¿½o Paulo duas vezes por ano. Criada nas doutrinas do catolicismo, afirma que se encontrou na igreja evangï¿½lica. ï¿½Deus habita dentro de todas nï¿½s e ordena sua bï¿½nï¿½ï¿½o na comunhï¿½o dos irmï¿½osï¿½, comeï¿½ou. O silï¿½ncio das ouvintes sï¿½ ï¿½ interrompido por sussurros de ï¿½amï¿½mï¿½. Carol fala sobre a dificuldade de engravidar ï¿½ ï¿½longos seis mesesï¿½ ï¿½ e sobre a cirurgia para a retirada de um tumor benigno pela qual o filho passou no ano passado ï¿½ ï¿½entreguei-o nas mï¿½os de Deusï¿½. Chega a hora da oraï¿½ï¿½o final. Juntas, todas oram baixinho guiadas pelas palavras da pastora. ï¿½Obrigada, Senhor, por, num mundo tï¿½o difï¿½cil, conseguirmos juntar mulheres lindas que tï¿½m mais do que poderiam imaginar.ï¿½ Mais para frente, diz: ï¿½Eu quero pedir, Senhor, acompanha cada uma, derrama da sua alegria, da sua paz, do seu poder, hoje e sempreï¿½.

A essa altura, o banquete preparado por Tuca Lobo Vianna estï¿½ servido. Atï¿½ as 20h30, Carol nï¿½o havia sequer tocado na casquinha de hadoque, no patï¿½ de foie gras com azeite trufado nem no creme de pera com gengibre. A mï¿½e de Kakï¿½, Simone Leite, bispa da Igreja Renascer de Milï¿½o, ficou o tempo todo ao lado da nora. ï¿½Ela me chama de tia, olha que bï¿½nï¿½ï¿½o?ï¿½ Confiantes, as duas fazem planos de ir ï¿½ ï¿½frica do Sul para assistir ï¿½s finais da Copa do Mundo. Preferem silenciar sobre a expulsï¿½o do craque na partida de domingo passado. Durante os jogos, fazem uma corrente de oraï¿½ï¿½es por Kakï¿½ e seus colegas. Tï¿½m companhia da catï¿½lica fervorosa Rosangela, que deixou no passado o sofrimento por ver sua filha convertida. ï¿½Criei a Caroline para ser uma princesaï¿½, diz. ï¿½Fico feliz que ela tenha se casado com um prï¿½ncipe!ï¿½ Fim do encontro. Na tarde de mulheres chiques com a senhora Kakï¿½, o assunto menos comentado foi o futebol.