A esposa
�s vezes, nessas noites frias e enevoadas
Onde o sil�ncio nasce dos ru�dos mon�tonos e mansos
Essa estranha vis�o de mulher calma
Surgindo do vazio dos meus olhos parados
Vem espiar minha imobilidade.
Nada diz, nada pensa, apenas olha � e o seu olhar � como a luz
De uma estrela velada pela bruma.
Nada diz.
Vir� e agasalhar� minhas m�os frias
Se sentir frias suas m�os.
E se ir� num passo leve...
Eu s� verei a porta que se vai fechando brandamente...
Ela ter� ido, a esposa amiga, a esposa que eu nunca terei.
(Vinicius de Moraes)
→.●๋♫ ک�l ♫●.←