SONETO DE INSPIRA��O
N�o te amo como uma crian�a, nem
Como um homem e nem como um mendigo
Amo-te como se ama todo o bem
Que o grande mal da vida traz consigo.
N�o � nem pela calma que me vem
De amar, nem pela gl�ria do perigo
Que me vem de te amar, que te amo; digo
Antes que por te amar n�o sou ningu�m.
Amo-te pelo que �s, pequena e doce
Pela infinita in�rcia que me trouxe
A culpa � de te amar - soubesse eu ver
Atrav�s da tua carne defendida
Que sou triste demais para esta vida
E que �s pura demais para sofrer.
* Vin�cius de Moraes *
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